Erros e mais erros. A maior parte da vida da maioria parece ser preenchida por erros. Uma vida errante.
E quem nunca se sentiu assim que publique o primeiro post sugerindo um cancelamento justo.
Não sei se vale para a maioria das pessoas, mas falo por mim e das poucas que observo. Um erro individual parece ser equivalente a sofrer um golpe. Nesse caso o golpeador é passivo, pois trata-se apenas de uma sensação, uma autoimagem de si para si mesmo. Eu erro, e a dor psicológica que este erro me causa é equivalente a levar um soco no estômago. Trata-se de um diálogo interior, completamente psicológico que faz o coração bater mais forte, as pernas fraquejarem, e a respiração oscilante.
Certamente, quem consegue lidar com isso, consegue evoluir mais rápido, consegue vencer mais partidas, consegue alcançar mais objetivos.
Falamos de jogadores, mas podemos falar de pedreiros, professores, corretores… Isso vale para todos.
Lidar com o erro é uma parte da preparação para a vida. O sucesso dos outros, que percebemos olhando de fora, sem saber sobre os bastidores daquela pessoa, inevitavelmente, passou por essa capacitação. Algo como um curso sobre lidar com a frustração dos próprios erros. E a aula 1 poderia ser: A próxima jogada.
O jogo segue. Nosso erro não indica o fim. Nosso erro indica apenas um ajuste que precisa ser feito. O jogo é dividido em limites de tempo, espaço e regras. Alguns jogos são rápidos, acontecem naquele dia, podem durar segundos. Outros, porém, são infinitos até o fim das nossas forças. Esse é o jogo da vida, e no jogo da vida, o mais importante de todos, um erro significa apenas mais um ajuste, e a próxima jogada está próxima, e virá tão rápido quanto nossos pensamentos.
Não há tempo para martírios imaginários.
Que a primeira postagem de crítica venha, isso não é importante. Aliás, é lamentável o modo como esses que enxergam na crítica sobre o trabalho dos outros, um lugar para se sentirem bem. A verdade é que trata-se de um lugar triste, cheio de sombras, traumas, frustrações e com falta de emoção genuína. A emoção acaba sendo fruto da crítica pela crítica, e dessa maneira ninguém alerta ninguém sobre os próprios erros.
O jogo da vida também é finito, e bilhões de pessoas acabam sendo levadas para estes lugares de críticas para sentirem alguma emoção que já estão privadas de sentir. As oportunidades passaram, e a sensação de que não há mais uma próxima jogada se instalou.
Isso não é verdade nem mesmo para o avô de 100 anos, imagine para jovens cheios de energia.
O mais importante de todo o erro é que a próxima jogada está mais próxima do que se imagina.
Mas a cabeça precisa estar em pé para que se perceba a bola vindo.