Quem joga é movido por uma paixão, talvez a de superar os próprios limites da habilidade e da compreensão tática do jogo.
Mas, para quem assiste, para os torcedores, a emoção do futebol tem movido mais sensações e ampliado mais os significados do que a arte em geral que temos a oportunidade de enxergar atualmente. Não se trata, aqui, do modo rasteiro que a mídia que dispensa de sensacionalismo trata o nosso esporte. Mas sim, da emoção e dos símbolos que os grandes jogadores despertam nos torcedores. Podemos enxergar o trabalho, a dedicação e a determinação de muitos atletas.
Talvez, nesses dias em que percebemos que a capacidade de se manter focado tem descido pelo ralo sem nem percebermos, o que esses atletas despertam pode ser determinante para a sociedade em geral.
A arte e o belo sempre nos moveram em direção a algo um pouco mais elevado; o belo e a arte sempre nos moverão. Porém, sem a capacidade básica de se manter observando por alguns segundos algo belo e artístico, torna-se inviável absorver ou usufruir dos benefícios da arte.
O futebol, queiramos ou não, move multidões e desperta sentimentos. Quando enxergamos as virtudes dos atletas, algo dentro da nossa alma também nos alerta. “Eu também posso. Eu também posso.”
Mesmo que o nosso campo, nosso jogo, seja outro, nós também podemos. Depois de conquistar a nós mesmos, podemos, inclusive, absorver a transcendência que a arte nos proporciona.
Mentalidade de Atleta – O futebol é apenas um meio.