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Complacência, aquela desviada “inofensiva” nos planos

Posted on 6 de novembro de 20236 de novembro de 2023

“I don’t necessarily think he enjoys his life right now. He doesn’t have a life, he exists for it, which is why he’s so much better than everyone else. Bra was the same; absolutely blinkered when he was on. Just existed for cycling.”

Mark Cavendish

Aquela disposição habitual para corresponder aos desejos ou gostos de outras pessoas, apenas para parecer agradável.

Nenhum objetivo será alcançado enquanto o mecanismo da complacência estiver ativo. As realizações acontecem justamente quando conseguimos desligar esse sistema. Um sistema que manipula nossas emoções e direciona nossas energias para outros lugares. É duro enxergar o drama alheio, algo muito parecido com aquela chantagem que filhos fazem com as mães. O semblante de tristeza e algumas frases de frustração tem o poder de tocar o coração de qualquer desavisado.

No plano original para cumprir com nossas metas não constava sair à noite em uma quarta-feira. Não constava gastar tais quantias em uma janta entre amigos, e assim por diante.

Uma equação difícil de calcular, pois temos a sensação de que precisamos ingressar na vida comum, fora dos nossos planos mais entusiasmados, para aceitar que nada será tão bem feito ou grandioso como imaginamos em nossos caderninhos de anotações.

A dúvida é a base de todo conflito. Não fosse a dúvida, nada aconteceria, nem para o bem, nem para o mal. Aproveitar a vida sempre estará nos planos, mas eu desconfio que quem descobre o seu carisma mais profundo aproveita a vida realizando a si mesmo, resolvendo os conflitos de maneira imediata, como sugere Mark Cavendish no texto supracitado.

O processo da conquista de uma vida sempre será mais longo do que uma semana, mês ou ano. Mas de alguma forma separamos as semanas em 7 dias, com muitas pausas para relaxar, afrouxar e ser complacente com nossa própria vida.

Tudo por conta de uma notícia, uma cerveja, uma conversa jogada fora. Essas pausas, que se tornaram quase que uma norma, agora são parte do nosso sistema econômico e social. Sem a complacência a economia quebraria com fábricas de bebidas e drogas sendo fechadas, streamings e video games seriam eventos esporádicos, e os psicólogos, muito provavelmente, teriam dificuldade em encontrar pacientes.

A autorrealização cura mais do que qualquer remédio, pois a complacência é como um vírus contagioso e pandêmico. Ela está em todo lugar. Ela é apenas mais uma forma que a Resistência assume para impedir nossas conquistas.

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